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Esquema II encuentro playgrounds
Em 2014, e aproveitando a exposição do museu Reina Sofía “Playgrounds. Reinventar la plaza” em Madrid, cerca de vinte coletivos ligados à arquitetura, à educação e à infância de todo o território espanhol, ocorria o encontro ao que deram o nome de “I encontro Playgrounds”. Tão só uns meses depois, produzir-se-ia o II encontro em Barcelona, no contexto do encontro de Arquitecturas Colectivas, ficando assim plantada a semente daquilo que depois seria o grupo “Playgrounds”: Uma rede ao redor da infância, da arquitetura e da cidade.
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Construcciones en juego. Medialab Prado (Sistema Lupo)
Ao longo de mais de cinco anos de percurso, a rede desenvolveu grupos de trabalho de diferentes temáticas, assim como encontros em diversas cidades (Pontevedra, Madrid, Porto), onde se debate e partilha experiencias através de eixos temáticos: os espaços educativos, os brinquedos construtivos ou artefactos educativos, a educação de arquitetura nas escolas, em museus… De igual modo, foram levadas a cabo experiências educacionais, como dois workshops de Medialab Prado, exposições itinerantes e dois cursos de verão da universidade e de formação do corpo docente. Com a criação da associação Ludantia em 2017, hoje podemos constatar que se trata de uma rede consolidada com ações de envergadura como a organização da I Bienal Internacional Ludantia em 2019. Esta última experiência desenvolveu-se sob o tema “Habitar desde lo lúdico: del patio escolar a la ciudad como tablero de juego” (Habitar do ponto de vista lúdico: do pátio escolar à cidade como tabuleiro de jogo) e nela ficou demonstrada a vontade de abordar a questão da infância nas nossas cidades.
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Proyectos premiados. O noso patio (I Bienal Ludantia)
A reflexão sobre brincar e a sua importância social não é nenhuma novidade: ao longo do séc. XX, diferentes arquitetos e urbanistas focaram a sua atenção e torno do espaço para brincar na cidade. Foi assim que surgiram os primeiros “playgrounds”, que foram evoluindo até chegar aos espaços altamente estandardizados que conhecemos atualmente, sendo a maioria deles uma amostra repetitiva de mobiliário urbano de jogos. No entanto, o playground deveria ser, como apostava Aldo Van Eyck,
“um lugar onde a criança se sinta em casa e onde reconheça um mundo pequeno dentro do grande”,1
um lugar especial que a criança sinta como seu, ou seja, onde tenha capacidade de decisão. Se considerarmos a ideia de Loris Malaguzzi do espaço como um “terceiro professor”, estaríamos perante a oportunidade de educar em matéria de civismo e cultura democrática: por um lado, criando vínculos emocionais entre a criança e o público (a praça, o parque, a rua), que esta defenderá por sentir que “lhe pertence”; e, por outro lado, habitando num lugar onde é preciso aprender a conviver, porque é de todos.
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II Encuentro Playgrounds (Cocreable)
Brincar é um fator psicologicamente indispensável para o desenvolvimento e assim está escrito no art.º 31 da Declaração dos Direitos da Criança (1959). Perante um panorama profissional do qual podemos constatar o seu interesse em refletir sobre o tema e levar a cabo ações, só falta a vontade das administrações de atender às necessidades de um coletivo que raramente tem voz.
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V encuentro Playgrounds (Ignacio Becansa)